O vento da tarde soprava suave pelas ruas quase vazias, espalhando o perfume das flores recém-abertas no jardim da praça. Uma criança observava atentamente as nuvens, tentando adivinhar em que forma elas se transformariam a seguir: um castelo, um dragão ou talvez um barco enorme navegando no céu.

Enquanto isso, um senhor sentava-se em um banco de madeira, com um livro aberto, mas parecia mais interessado no movimento dos passarinhos do que nas páginas diante de si. Havia uma calma estranha pairando no ar, como se o tempo tivesse decidido diminuir o passo só por alguns instantes, permitindo a todos respirar um pouco mais fundo.
À medida que o sol começava a se despedir, tingindo o horizonte de tons alaranjados, a cidade assumia um aspecto quase mágico. Era como se, por alguns minutos, tudo estivesse em perfeito equilíbrio: o barulho distante de um cachorro latindo, o riso breve de alguém ao telefone e o tilintar de uma bicicleta passando pela calçada.
Um momento simples — mas, exatamente por isso, inesquecível.